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domingo, 23 de agosto de 2009

Morais e Castro

Ainda há dias falava do Raul Solnado, já tivemos a noticia do falecimento do Morais e Castro, também ele actor, e também da mesma geração do teatro português. Recordo os muitos serões passados em casa do meu pai, onde era normal tertúlias ao fim da noite , com muitos colegas.
Também foi com o filho dele que fiz com a minha irmã Fernanda, uma peça na TV, com a Carmen Dolores, "A Senhora das Brancas Mãos", tivemos por isso bastante relacionamento.
Com o falecimento do meu pai, ouve um afastamento normal , mas ainda no ano passado quando a minha irmã Fernanda fez um espectáculo de homenagem ao meu pai e meu irmão aqui no cine - teatro João Mota, fizemos a filmagem de alguns depoimentos de colegas, e ele foi efectivamente um dos que falou com breves referências ás convivências com a nossa familia.
Não deixa de ser um reflexo do que é o Teatro em Portugal, cinquenta anos de uma carreira e as pessoas apenas se lembram do professor do menino Tonecas, essa é a força da televisão que "matou" o teatro nos palcos portugueses.
Não deixa de ser triste que hoje já se estreiam peças com data do seu termo, recordo com bastante saudade entrar em peças com plateias esgotadas durante meses e anos com um sucesso estrondoso e o público a bater palmas de pé... Hoje, mesmo com boas peças e bons elencos, estreia-se e passado um mês ou dois acaba-se, com a excepção dos musicais do Lá Fèria, curiosamente , foi o meu primeiro encenador, numa peça "Emilio e os Detectives"no então teatro do Raul Solnado, o Teatro Vilaret.
Enfim como disse anteriormente, é dificil e doloroso estar numa fase em que cada vez mais vemos os colegas a desaparecer... Também para ti Morais e Castro, baixou o pano... uma salva de palmas, e até sempre!

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